Político faz acusações contra Câmara e Prefeitura de Pirapora do Bom Jesus


O marceneiro Ademílson Miguel Fernandes, mais conhecido nos meios políticos de Pirapora do Bom Jesus como Marceneiro, acusou a Câmara de tentar obstruir o trabalho da imprensa, proibindo fotos e gravações em vídeo das sessões. Segundo Fernandes, "os vereadores baixaram lei feita pela própria Câmara, em que as sessões não podem ser filmadas, nem fotografadas". Como desdobramento, contou: "Fui preso e tive minha câmara fotográfica apreendida".

O procurador-geral da Câmara, o advogado João Geraldo Paulino da Silveira, explicouque não existiria proibição e que a lei citada por Marceneiro seria, na na verdade, um dos artigos do Regimento Interno, que apenas exige credenciamento prévio para cobertura das sessões dos profissionais à serviço da imprensa.

"É uma medida preventiva", justificou João Geraldo. "Tivemos caso de jornais que vieram à Câmara, fotografaram o quadro de avisos em que são expostos projetos, requerimentos, leis, decretos e resoluções, como determina a Lei Orgânica, e depois mandaram faturas como se tivessem autorização para publicação de atos oficiais", emendou. "Este não é o caso do Marceneiro, que nem sequer é jornalista, e sempre tenta tumultuar os trabalhos da Câmara, com objetivos político-eleitorais". O queixoso concorreu à Câmara em 2008, pelo PDT, e depois migrou para o PSol. Marceneiro costuma alugar um trio elétrico e posiciona o veículo ao lado da Câmara em dias de sessão, de onde critica o trabalho dos vereadores.

Marceneiro também fez acusações à Prefeitura por manter "uma funcionária- fantasma". A servidora seria a advogada S.B.J.P, que receberia alta remuneração pelos padrões da cidade e não compareceria ao trabalho ao menos para receber o salário "porque até o pagamento é feito por depósito bancário. Tenho as cópias dos holerites dela".

Consultada, a Prefeitura emitiu nota oficial informando que a advogada "prestou consultoria jurídica no gabinete do prefeito de 1º de setembro a 15 de outubro de 2009, elaborando projetos de lei e prestando assessoria, em carga horária flexível, igualmente aos profissionais da categoria".

A nota confirma a remuneração divulgada por Marceneiro, mas omitida pela reportagem, assim como o nome completo da advogada, para preservação da imagem dela.

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